Motor Show Curitiba

Conheça a história do lendário Celta do Fera!

Publicado em por Edemir Bernardes Jr.

Que o Motor Show reúne inúmeros amantes do mundo a motor e incríveis máquinas sobre rodas, isto todos nós já sabemos, mas a partir de agora em nosso novo site apresentamos um quadro diferenciado para você participar, o: #VOCÊNOMOTORSHOW!
Este espaço é totalmente destinado para você interagir e claro, para conhecermos um pouco mais da história dos carros e das pessoas que participam, ilustram e prestigiam nosso evento, assim teremos uma excelente oportunidade para apreciar grandes histórias! Deseja participar? É fácil! Se você já expôs seu carro, motocicleta ou veículo em geral em alguma das edições de o Motor Show, envie um e-mail para vocenomotorshow@omotorshow.com.br e solicite seu formulário de participação, após este funciona assim, responda ele preenchido enviando as melhores fotos de seu parceiro a motor para nós (lembrando que é necessário no mínimo 01 foto em alguma de nossas edições), contando a história que une você a seu veículo!

Após este bate papo entre o Motor Show e nosso amigo (membro carismático do Celta Clube), embarcamos na história que une ele a seu veículo, lembrando que juntos levaram toda a arquibancada ao delírio total no Motor Show 2016 que ocorreu em Curitiba, alcançando um marco e conquistando um dos troféus mais cobiçados do evento, além é claro de ser um dos lendários Celtas que fazem parte da história do Celta Clube Nacional…
Vale a pena conferir:

Fera x GM Celta VHC 1.0!

 

Todo guri que se preza, após agradar os pais com as sagradas palavras “papai e mamãe”, vai emitir um som que irá acompanha-lo idade a dentro… vrum?! Som mais aproximado do ronco do motor, seja este de um carro ou moto… E um desses exemplos sou eu, vício esse que esteve adormecido até poder comprar meu próprio carro. Quando realizei esta conquista, logo surgiram opções e pulei de um a um, variando entre diversos modelos da GM e VW, até que em certo momento chegou as minhas mãos um Celta VHC preto, do ano 2003…

Logo no início quando comecei a andar com o Celta, era só alegria, aquele cheiro de carro novo é fantástico, porém meu veículo antecessor havia sido um GM Kadett 1.8, e chegando a um popular 1.0 logo as diferencas no desempenho foram percebidas. Admito que o VHC não fazia feio.

Em meio a paixão que crescia (e ainda cresce) a cada dia, logo encontrei e me filiei ao Celta Clube, cuja minha numeração “nacional”, me posiciona entre os primeiros, (sim, tive a chance de fazer parte desta história). Aqui mesmo em Curitiba-PR nos primeiros encontros já fazíamos festa ao juntar 3 ou 4 Celtas no mesmo espaço (agora os tempos mudaram rs). Na mesma época houve a estreia de um clássico, o filme Velozes e Furiosos chegava aos cinemas de todo o Brasil e adivinhe só? Na época meu carro possuía aquele sonzão, mas andar forte ainda era apenas um sonho.

Em virtude do baixo desempenho, logo pensei no “caracol do capiroto”, mas turbinar um 1.0 de 70cv por mais que fosse algo bem feito, jamais andaria a frente de um Audi, BMW ou Mercedes… Mas para mim parecia algo bem divertido, e assustador para quem encostasse ao lado!

Caminho adiante comecei em uma pesquisa aqui, outra ali e tive a oportunidade de conhecer um pessoal que havia montado um Corsa 2.0 8v (pensei: o caminho é este! Motor grande, peso leve…só pode ter um resultado, minha ALEGRIA!!! A partir daqui precisei encontrar um doador para esta cirurgia, eis o momento em que me aparece um Vectra 2.0 16v legalizado, prontamente desmontamos e o Celtinha começou a sorrir, logo foram 03 meses na UTI (eu pai da criança já estava angustiado com a demora, tipo uma espera de parto rs). Me recordo como se fosse ontem o dia em que fui chamado para ver a criança acordando, nas primeiras voltas ficava claro que tinha feito a escolha certa.

Cara era simplesmente assustador esse sweep , o carro leve com uma mecânica robusta proporcionava uma emoção certa. Sai da oficina feliz da vida, como se tivesse ganhado o prêmio máximo na loteria e nem lembrava mais dos tempos de espera que ia de pé no ônibus…

Mal esperei a sexta-feira chegar para ir ao encontro dos Celtas, me lembro que perto da praça 29 de março (no posto a frente), cheguei ao som de velozes e furiosos haha, cara que alegria e orgulho, lembro que os freios ainda não eram os ideais, afinal tinha tirado o carro somente pra andar um pouquinho, e segunda o levaria para competar a transformação. Naquele momento utilizava rodas 15 na frente e 13 nas traseiras, era assim a aparição no encontro (o tempo bom)… Ai estou la todo feliz mostrando o carro pra turma e me aparece um Voyage turbo. Aí logo surge uma das primeiras histórias, não estava com o freio adequado, mas foi um bom passeio… Retornei primeiro ao posto, acho que entenderam né? Rs.

Com a empolgação a mil, já havia instalado a iluminação de led, aquele up no som, no motor…e também um “sneeze” que saía pelos recortes do capô personalizado, era tão forte e alto o som que era uma diversão a parte para a época. A paixão pelo Celta crescia dia após dia, até que com metas e objetivos traçados precisei adotar um segundo carro a minha garagem, para que assim meu amigo turbinado pudesse receber modificações mais convenientes e sem pressa.

Uma recordação que ficou para marcar foi em um belo dia, ou melhor uma noite com aquela chuva torrencial, onde peguei um alagamento nas proximidades do Sesc da esquina, a água não perdoou e chegou até metade da roda, era o desespero da geral, pessoas chorando, crianças de colo, gente saindo dos carros com aquele medo estampado em seus olhares e a tristeza de que os veículos fossem arrastados para o canal. Tomei a decisão de tirar meu carro de lá (só quem monta, investe todos os recursos em cima de uma carro sabe do que estou falando) e tentei fazer o meu melhor, o que foi possível e o resultado veio uma quadra depois, chegou a grande pancada e naquela chuva amigo, veio o calço hidráulico que fez o motor forjado com bielas pra 1000hp virar uma total virgula.

Meus olhos ainda enchem de lágrimas ao me recordar daquele dia, o braço chega a arrepiar, ali envelheci uns 10 anos, vieram os piores sentimentos, tristeza, raiva e tudo aquilo que vai virar um blablabla aqui. O carro ficou muito tempo parado, eu estava para baixo, mas gracas aos meus irmãos (de outros pais e mães), meus amigos do Celta Clube daquela época “Debiase, Fábio e Alex” os mesmos levaram o carro de carretinha para a oficina (onde vou até hoje nestes mais de 06 anos), aqui foi juntar dinheiro e voltar a investir naquilo que me fazia tão feliz.

O carro acertado tornou-se uma alegria só, e também vivemos bons momentos como em uma viajem que realizei para o Rio Grande do Sul. Desde 0km pra cá, muita coisa rolou, fomos matéria na extinta revista Auto Power em 2006, fizemos muitas viagens ,participamos de  exposições e até que as águas mudaram, quando encontrei o Motor Show, um evento único para amantes do mundo a motor. Participei das 03 últimas edições competindo na gincana dos clubes e sonhando com o troféu da prova “Desafio 201mts”, até que na edição de Curitiba em  2016 meu Celtinha foi o que sorriu mais, levando para casa o troféu de campeão desta prova, graças a Deus foi mais um sonho realizado, uma emoção especial, algo que marcou minha vida e espero que mesmo em situações diferentes todos possam sentir tamanha sensação ao menos uma vez em suas vidas, é sentir-se VIVO, completo e pleno!

Agora estou ansioso para o Motor Show Curitiba 2017 (e quem sabe eu e o Celtinha marcamos presença na edição de Londrina junto ao clube hehe), mas espero do fundo de meu coração obter o titulo de bicampeão na prova que tive o prazer de vencer, vou lutar para isso, mas caso não seja minha hora, ok, já estarei feliz mesmo assim só por estar lá participando, correndo e me divertindo ao lado de meus amigos, família e das milhares de pessoas apaixonadas que vão para curtir este final de semana incrível.

Aquele momento de tensão antes de alinhar no pinheirinho…hehe

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